Suco de uva brasileiro é único pois resulta da fruta sem utilização de aditivos e conservantes
Lançada na Expointer 2025, iniciativa reforça autenticidade da bebida nacional
Cerca de 50% das uvas cultivadas para processamento no Rio Grande do Sul são destinadas para suco. A informação foi destacada quinta-feira, dia 4, no lançamento de uma campanha publicitária para incentivar os benefícios da bebida natural para a saúde, voltada à geração Z (nascidos entre 1997 e 2010). “Estamos falando de um produto que carrega em si a força da nossa viticultura e a dedicação de milhares de famílias produtoras, com uma qualidade que é reconhecida no Brasil e no mundo”, destacou o presidente do Instituto de Gestão, Planejamento, Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do RS (Consevitis-RS), Luciano Rebelatto, na Expointer 2025.
Segundo o dirigente, o suco de uva brasileiro é único pois resulta da fruta sem utilização de aditivos e conservantes. Conforme Rebelatto, pesquisas e estudos recentes reforçam os seus benefícios e sua autenticidade.
“É com esse espírito que damos início a uma nova etapa de comunicação criada para aproximar ainda mais o consumidor desse produto tão especial”, ressaltou.
No evento, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, a presidente da subcomissão de métodos de análises da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), Fernanda Rodrigues Spinelli, pontuou que o Brasil ocupa a quarta posição, por volume, como produtor de suco de uva. “Atrás apenas da Espanha, Estados Unidos e a Itália”, afirmou. “O que nos diferencia? O aroma foxado, típico de bebidas elaboradas com uvas do grupo de espécies americanas, especialmente vitis labrusca e híbridas”, detalhou.
Fernanda acrescenta que a variedade Isabela é um dos exemplos entre as cultivares mais utilizadas para a produção nacional. “O que é que é muito importante dessas variedades que nós utilizamos? O equilíbrio entre acidez e açúcares”, explanou,. Ela complementa que apenas 12% da produção nacional é exportada. “Temos muito mercado para ingressar. Temos que pensar a expansão para países emergentes na África e Ásia, promovendo parcerias com a indústria do vinho”, provocou.